No ano passado, existiam no Brasil 179.533 escolas públicas e privadas de Educação Básica e um total de 47,3 milhões de matrículas nesse nível de ensino. O número representa uma redução de 1,2% em relação a 2019, ou seja, cerca de 579 mil matrículas a menos. Além disso, em 2020, houve um aumento no número de estudantes no ensino médio. Foram registradas 7,55 milhões de matrículas nessa faixa no ano passado, um crescimento de 1,1% em relação a 2019, interrompendo assim a tendência de queda observada nos últimos anos. Em relação às matrículas em creche, elas cresceram 19,8% no período de 2015 a 2020. Os dados fazem parte da primeira etapa do Censo Escolar da Educação Básica de 2020, divulgado, nesta sexta-feira (29), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Vale destacar que a Educação Básica é a primeira etapa do sistema educacional e compreende todos os anos da educação escolar, antes do Ensino Superior. Como destacou o secretário-executivo substituto do Ministério da Educação, José Barreto Júnior, o Censo Escolar da Educação Básica serve como instrumento para a elaboração das políticas públicas brasileiras. “A finalidade primeira do Censo é dar transparência. É um instrumento de transparência, de controle social para a sociedade.
E, em segundo lugar, não menos importante, serve para informar a todos os gestores, professores e demais profissionais que gravitam sobre o tema da educação como está a situação educacional no país. É um instrumento excelente para nossas políticas públicas”, ressaltou Barreto. Matrículas Quase a metade dos alunos matriculados na Educação Básica são atendidos pelos municípios brasileiros (48,4%). Em 2020, a rede privada teve uma participação de 18,6%. A rede estadual é responsável por 32,1% das matrículas; e a federal, tem uma participação inferior a 1% do total de matrículas. “A rede pública é predominante, mas vale destacar, também, a grande participação da rede privada, que tem quase 19% em toda a Educação Básica. E uma ressalva especial para os municípios brasileiros, que detêm praticamente 48,4% de toda a matrícula na Educação Básica brasileira”, frisou o diretor de Estatísticas Educacionais do Inep, Carlos Moreno. Tecnologias nas escolas A pesquisa também mostra que houve um aumento na disponibilidade de tecnologias nas escolas brasileiras, antes mesmo da suspensão das aulas presenciais por conta da Covid-19. Segundo o Censo Escolar da Educação Básica de 2020, a internet de banda larga, por exemplo, está presente em 100% das escolas de ensino fundamental da rede federal; em 74,7% da rede estadual; e em 52% da rede municipal. O computador de mesa para alunos está presente em 91,3% das escolas federais de ensino fundamental; em 76,7% das estaduais; e em 38,3% das municipais.
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