quarta-feira, 28 de julho de 2021

Gestores municipais de educação priorizam busca ativa de estudantes e suporte aos diretores, diz estudo da Undime

Os gestores municipais de educação apontam que a busca ativa dos estudantes e o suporte para os diretores são as prioridades do segmento em meio à pandemia da Covid-19, aponta estudo da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), divulgado nesta quinta-feira (22). O levantamento — que contou com o apoio do Itaú Social e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) — teve a participação de 3.355 redes municipais de ensino, o equivalente a 60,2% das existentes no país. A pesquisa buscou informações sobre quatro aspectos: como foi a transição entre os anos letivos de 2020 e 2021; quais foram as estratégias de ensino adotadas este ano; como está o planejamento para o segundo semestre e quais os principais desafios das secretarias municipais de educação. Para 61% dos respondentes, o suporte aos diretores é a maior prioridade neste momento de atividades predominantemente não presenciais. Quando o assunto é ir atrás dos estudantes que deixaram de ter vínculo com a escola, 59,4% atribuíram grau máximo de prioridade. A representante do Unicef no Brasil, Florence Bauer, destacou que mais de cinco milhões de crianças e adolescentes estão sem acesso à educação no país por conta da suspensão das aulas presenciais e dificuldades de conectividade para participarem do ensino remoto. Por isso, ela destacou a importância de as redes municipais priorizarem a reintegração desses estudantes ao espaço escolar. “Sabemos que cinco milhões de meninos e meninas estão sem vínculo ou com vínculo reduzido com a escola. A volta à educação precisa também de uma busca ativa de cada criança, que precisa de um acolhimento personalizado na escola. Não é só trazer ela de volta, mas é preciso ajudá-la”, defende. Questionados sobre os métodos usados para buscar os estudantes que não têm acompanhado as atividades escolares desde o início da pandemia, 71,8% dos gestores responderam que utilizam a estratégia Busca Ativa Escolar. A ferramenta foi desenvolvida pelo Unicef em parceria com a Undime e outras entidades com o objetivo de auxiliar estados e municípios a identificar crianças e adolescentes que estão fora das escolas, ajudando-os a voltar às salas de aula, permanecer e aprender. Outros 27,5% dos respondentes disseram que usam outra estratégia de reintegração. Apenas 0,7% disseram que não realizam nenhuma ação nesse sentido. “Acho muito importante esse reconhecimento da estratégia da Busca Ativa Escolar. Mais do que um projeto desenvolvido pela Undime e Unicef no Brasil e todo o seu processo, os municípios aderiram, a iniciativa trouxe uma cultura de busca ativa”, comemora Luiz Miguel Garcia, presidente da Undime. 

Fonte: Brasil 61 

domingo, 25 de julho de 2021

O que já se sabe sobre o Processo Seletivo para ACTs 2022/23

 A Secretaria de Estado da Educação concluiu o processo de contratação da empresa responsável pelo processo seletivo para ACT 2022/2023. A vencedora foi o Instituto Selecon (INSTITUTO NACIONAL DE SELEÇÕES E CONCURSOS), com sede no Rio de Janeiro. Os documentos de contratação antecipam informações relevantes aos candidatos sobre o modelo de prova e o possível calendário do processo seletivo. Vale destacar, porém, que as datas e informações oficiais serão aquelas constantes do edital, ainda não publicado. Sobre a prova A SED contratou a realização de uma prova escrita, composta por uma prova de conhecimentos gerais com 10 (dez) questões objetivas e por uma prova de conhecimentos específicos com 10 (dez) questões objetivas, no formato de múltipla escolha, com 5 (cinco) alternativas de resposta, de “A” a “E”, das quais somente 1 (uma) deverá ser assinalada como correta. As questões das provas deverão ser inéditas e versarão sobre os conteúdos programáticos constantes no Edital do Processo Seletivo. A novidade desta vez será a proposta de Redação, que também fará parte da prova. Datas Atenção: este calendário não é oficial e pode sofrer alterações Inscrição: de 01 de setembro a 30 de setembro de 2021 Isenção da taxa de inscrição: de 01 de setembro a 30 de setembro de 2021 Entrega de documentos isenção da taxa de inscrição: de 01 de setembro a 30 de setembro de 2021 Divulgação isenção da taxa de inscrição: até 30 de setembro de 2021 Pagamento da taxa de inscrição: de 01 de setembro a 30 de setembro de 2021 Entrega de documentos prova de títulos: de 01 de setembro a 30 de setembro de 2021 Entrega de requerimento pessoas com deficiência: até 30 de setembro de 2021 Entrega de requerimento prova especial: até 30 de setembro de 2021 Divulgação relatório das inscrições e análise dos títulos: até 04 de outubro de 2021 Prazo de recurso da prova de títulos: 04 e 05 de outubro de 2021 Publicação dos pareceres da prova de títulos: até 08 de outubro de 2021 Homologação das inscrições: até 15 de outubro de 2021 Confirmação do local de prova: a partir de 18 de outubro de 2021 Aplicação da prova: 24 de outubro de 2021 Divulgação do gabarito preliminar: 25 de outubro de 2021 Divulgação da nota da redação: 19 de novembro de 2021 Prazo de recurso questões da prova objetiva e redação: 22 e 23 de novembro de 2021 Publicação do gabarito oficial e pareceres dos recursos da prova objetiva e redação: 29 de novembro de 2021 Publicação relatório resultado preliminar: 03 de dezembro de 2021 Prazo de recurso resultado preliminar: 06 e 07 de dezembro de 2021 Divulgação dos pareceres resultado preliminar: 10 de dezembro de 2021 Homologação do resultado: 13 de dezembro de 2021 Outras informações A taxa de inscrição está fixada em R$ 70,00 (setenta reais).

sábado, 24 de julho de 2021

CENSUPEG

 


Ministro da Educação defende retorno às aulas presenciais em pronunciamento em rede nacional: 'Necessidade urgente'

O Ministro da Educação, Milton Ribeiro, defendeu nesta terça-feira (20) em pronunciamento o retorno às aulas presenciais em todo o país. "Quero neste momento conclamá-los ao retorno às aulas presenciais. O Brasil não pode continuar com as escolas fechadas gerando impacto negativo nestas e nas futuras gerações", disse. Por lei, os estados têm autonomia para decidir sobre volta às aulas na rede estadual; os municípios, na rede municipal. Ribeiro falou que o governo federal não tem autonomia sobre o tema. "O ministro da Educação não pode determinar o retorno presencial das aulas. Caso contrário, eu já teria determinado", afirmou. Segundo ele, "a vacinação de toda a comunidade escolar não pode ser condição para a reabertura das escolas". A volta, segundo ele, é uma "necessidade urgente". O ministro falou que o fechamento de escolas impõe "consequências devastadoras" 

Fonte - G1

domingo, 18 de julho de 2021

Educação de SC quer dar faltas e reduzir distanciamento em salas de aula

 Durante reunião do Grupo de Trabalho da Educação na pandemia, realizada

nesta quinta-feira (15), o secretário de Estado, Luiz Fernando Vampiro,

defendeu a redução no distanciamento dentro das salas de aula, de 1,5m para

1m. A ideia é permitir que as carteiras fiquem mais próximas para que as

escolas recebam mais alunos.

Vampiro comentou que o índice de contaminação nas unidades de ensino é

baixo e que outras medidas importantes como o uso de máscaras e a

higienização continuariam valendo normalmente.

O secretário reforçou a preocupação na qualidade do aprendizado e citou o

aumento da evasão escolar durante a pandemia. Mais de 6 mil estudantes

matriculados 'sumiram'. Em um trabalho de busca ativa, a Secretaria

conseguiu localizar mais de mil. Porém, outros 5 mil seguem sem estudar.

A sexta-feira (16) marca o último dia do 1° semestre letivo de 2021. E já

pensando na retomada das aulas, Vampiro também defendeu que os alunos

recebam faltas nos dias que precisariam estar em salas de aula.

— Se o formato é híbrido, quando tiver que ficar em casa o aluno fica. Mas

quando for o momento de ir para a aula, também tem que ir. Se não for, recebe

falta. É o que eu defendo — comentou o secretário.

Além de representantes da Secretaria da Educação, participaram do encontro

Secretaria da Saúde, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação

(Undime-SC), Federação Catarinense dos Municípios (Fecam) e Ministério

Público de SC.

A proposta ainda será submetida ao Comitê de Retomada das Aulas

Presenciais que conta com 14 entidades.

Fonte: NSCtotal

sábado, 17 de julho de 2021

CENSUPEG

 


Não admito questões de gênero em livros didáticos', diz ministro

 Ministro da Educação, Milton Ribeiro, declarou que não admite questões de

gênero em livro didáticos para crianças de 6 anos, além de fazer um balanço

do primeiro ano de sua gestão à frente do MEC (Ministério da Educação) em

discurso em cerimônia de lançamento do cronograma para a implantação do

novo Ensino Médio no país, no auditório do Inep (Instituto Nacional de

Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), nesta quarta-feira (14).

"Não vou permitir que em livros didáticos a gente posso levar questões de

gênero para crianças de 6 anos de idade, tudo tem o seu tempo certo, não

podemos violentar a inocência das crianças" declarou. "Respeito as decisões

dos adultos, mas discordo de falar para uma criança que ela pode ser menino

ou menina aos 6 anos de idade, esse é um compromisso de valores que nosso

governo tem e não vamos abrir mão."

"Temos 38 milhões de alunos na educação básica pública no país, alguns

países não tem esse número de habitantes, tenho 54 mil escolas rurais que

não tem eletricidade, 4 mil escolas sem água e 3 mil sem esgoto, mas só se

pensa em internet e o que eu estava querendo dizer quando apoiei o veto

(presidencial à internet nas escolas) é que temos de trabalhar com cautela,

temos responsabilidade com recurso público", declarou ao fazer um balanço

do primeiro ano à frente do MEC.

FONTE: R7

sexta-feira, 16 de julho de 2021

MEC lança proposta curricular para ensino de português para surdos

 O Ministério da Educação lançou uma proposta curricular para ensino de

português como segunda língua para estudantes surdos do nível básico ao

superior.

O ensino de português como segunda língua já existe no país desde 2014,

mas não existe uma base de currículo nacional. A professora Cristina Bianchi,

uma das autoras do texto, explica que a proposta do MEC vai nortear as

discussões no Conselho Nacional de Educação na implementação desse tipo

de ensino (ouça no player).

O ensino de português para surdos possui várias particularidades. Uma delas

é a de que o ensino da língua não parte dos fonemas e sons; e sim de

imagens, que são mediadas pela Língua Brasileira de Sinais (Libras) - como

explicou Clissineide Rodrigues, diretora da escola bilíngue no Distrito Federal

(ouça no player).

A proposta curricular foi dividida em cadernos, de acordo com o nível escolar

do aluno. Essas unidades podem ser acessadas no site gov.br/mec.

Fonte: Rádio Agência Senado

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Novo ensino médio já tem orientações para gestores educacionais

 Com implementação prevista para 2022, o novo ensino médio já tem

orientações direcionadas aos gestores educacionais. Nesta quarta-feira (14), o

Ministério da Educação publicou a portaria com o cronograma e prazos que

devem ser incluídos nesse ensino. É o que explicou, durante a cerimônia de

lançamento do novo ensino médio, o secretário de Educação Básica do MEC,

Mauro Rabelo.

O novo ensino médio já estava previsto em lei de 2017 e define uma nova

organização do currículo escolar e aumento da carga horária, tendo como

referência a Base Nacional Comum Curricular. Algumas mudanças já foram

implementadas em algumas escolas do país, mas a lei torna obrigatória a

implementação em todo elas.

As mudanças previstas começam pela primeira série do ensino médio. No ano

seguinte, atinge a segunda série e, em 2024, as três séries do ensino médio.

Entre as principais mudanças estão o aumento da carga horária: a partir de

2022, o ensino médio deve ter, pelo menos, mil horas anuais.

Outra mudança é em relação aos chamados itinerários formativos. Cada

estudante vai escolher a área em que deve seguir, de acordo com os

interesses e necessidades pessoais. Esses itinerários se dividem em cinco:

Matemáticas e suas Tecnologias, Linguagens e suas Tecnologias, Ciências da

Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. O

quinto itinerário prevê a formação técnica e profissional.

Após o lançamento do novo ensino médio, o ministro Milton Ribeiro também

falou sobre os desafios da pandemia no ensino brasileiro e defendeu o retorno

às aulas presenciais.

A portaria publicada do novo ensino médio prevê, ainda, a formação de

professores, atualização de materiais didáticos e mudanças nas provas do

Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e Exame Nacional do Ensino

Médio (Enem), alinhados à base nacional comum curricular.

Fonte: Rádio Agência Senado

segunda-feira, 12 de julho de 2021

Enem 2021 tem mais de quatro milhões de inscrições

 Mais de quatro milhões de pessoas se inscreveram para o Enem 2021. De

acordo com o Inep, responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio, mais

de três milhões de candidatos optaram pela versão impressa. Já na versão

digital, que será exclusiva para quem terminou ou está concluindo o ensino

médio, todas as 101 mil vagas foram preenchidas.

O número final de participantes desta edição só será confirmado após 19 de

julho, último dia para o pagamento da inscrição, no valor de R$ 85.

O Enem será aplicado nos dias 21 e 28 de novembro – tanto a versão digital

quanto a impressa, que terão a mesmo modelo de prova.

Para acompanhar o andamento da inscrição, basta acessar a página do

participante: enem.inep.gov.br.

Fonte: Rádio Agência Senado

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Ministro da Educação defende volta às aulas presenciais à comissão da COVID

 O ministro da Educação, Milton Ribeiro, defendeu nesta quinta-feira (1º/7), durante a Comissão Temporária da COVID-19, do Senado, a aprovação do Projeto de Lei Nº 5595/2020, que reconhece a educação básica e superior, em formato presencial, como serviços essenciais e estabelece diretrizes para o retorno do método. Segundo o chefe da pasta, o MEC entende ser urgente a necessidade de providências para viabilizar a reabertura das escolas e a retomada das atividades presenciais no Brasil, com respeito aos protocolos sanitários de segurança. Além disso, segundo ele, de todos os países que integram o G20, o país é um dos únicos que ainda não garantiu a retorno dos alunos para as salas de aulas na pandemia. “Esse decreto é importantíssimo para a educação brasileira. Está à análise dos senhores, mas cabe lembrar que, para uma contrapartida, ao mesmo tempo que ele vai tornar a aula presencial como essencial temos ao lado dele, igualmente, uma Lei e resoluções do Supremo Tribunal Federal, que dá aos municípios o poder discricionário de poder avaliar, com seus técnicos de saúde, se aquela região está ou não apta para o retorno. Nada vai retirar direitos ou qualquer tipo de atuação dos gestores locais, que tem a sensibilidade lá na ponta de sentir como está a situação da sua região” declarou Milton Ribeiro. Segundo o ministro, devido à carência de recursos para funcionamento das aulas on-line na rede pública do país, como acesso à internet e equipamentos eletrônicos, a volta do ensino presencial se torna ainda mais necessária. Dados apresentados pelo pastor informaram que das 137 mil escolas públicas da educação básica, 35 mil não possuem os recursos necessários para o sistema de ensino virtual. "Nós não vamos conseguir em 1 ano ou em uma gestão resolver o problema da internet de todos os 46 milhões de alunos da educação pública básica do Brasil. Um país continental como o nosso, onde temos outras prioridades, como por exemplo, falta de banheiros e de água, do que adianta ter um tablet em uma escola rural que nem internet existe?" disse o chefe da pasta. Questionado pelos senadores sobre a segurança da volta às aulas e sobre a vacinação contra a COVID-19, que caminha a passos lentos no país, Milton Ribeiro disse que a espera pela imunização de todas as crianças e outros públicos poderá adiar, por tempo indeterminado, a retomada do ensino presencial. "Se a gente for esperar a vacinação de todas as crianças. Quando acabarem (a vacinação) das crianças, quero repetir isso, posso até ser mal interpretado, mas aí vai surgir a ideia de vacinar os pais dessas crianças, que afinal tem contato direto com elas. E assim indefinidamente, ninguém volta às aulas", afirmou o ministro. 

Fonte: Estado de Minas

terça-feira, 6 de julho de 2021

Brasil regride em meta para acabar com o analfabetismo e não alcança objetivo de investir mais na educação, diz relatório

 Uma análise sobre o Plano Nacional de Educação (PNE) aponta que três das 20 metas estabelecidas para melhorar a qualidade do ensino do país não só não estão sendo cumpridas como apresentam retrocesso. O PNE foi sancionado no Congresso em 2014, com prazo para ser cumprido até 2024. A três anos do fim do período de vigência, nenhuma meta foi alcançada e cinco estão parcialmente completas. O relatório de análise foi feito pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, e divulgado nesta quinta-feira (24). A instituição publica análises anuais e, o governo federal, a cada dois anos. O G1 entrou em contato com o Ministério da Educação (MEC) na tarde de quarta perguntando as estratégias para atingir os objetivos do PNE até 2024, e não recebeu retorno até a tarde desta quinta. As metas com retrocesso são: educação em tempo integral: o objetivo era oferecer ensino integral em metade das escolas do país, atendendo 25% dos alunos da educação básica até 2024. Mas os números caíram em vez de subirem. Em 2014, havia 42,6 mil escolas e 6,5 milhões de alunos em tempo integral. Em 2020, eram 27,9 mil escolas e 4,8 milhões de estudantes nesta modalidade. O número representa queda de 15 mil escolas e mais de 1,5 milhão de matrículas a menos. erradicação do analfabetismo: a meta era ter 93,5% dos brasileiros acima de 15 anos alfabetizados até 2015; erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% o analfabetismo funcional até 2024. Mas somente em 2020 a meta de 2015 foi atingida. O quadro de analfabetismo funcional aumentou, quando deveria regredir. Saiu de 27% da população de 15 a 64 anos com analfabetismo funcional em 2015 para 29% em 2018 (dados mais recentes). A meta era reduzir a 13,5% até 2024. educação de jovens e adultos e profissional: o plano previa oferecer ao menos 25% de matrículas da educação de jovens e adultos (EJA) integrada à educação profissional. Mas se em 2014 havia 2,8% das matrículas de EJA integradas, em 2020 o índice caiu para 1,8%. As metas parcialmente cumpridas são: melhorar a qualidade da educação básica: o PNE previa elevar os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para o ensino fundamental e médio. Houve melhoria nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), o que pode ser atribuído à mudança no início do ciclo, que agora começa aos 6 anos do aluno, e não mais aos 7. Para os anos finais (6º ao 9º ano) e ensino médio, as metas estão próximas, mas não foram atingidas. triplicar as matrículas do ensino profissional técnico: Se em 2014 havia 20,4% de matrículas nesta modalidade, em 2020 o índice chegou a 23,6%, longe da meta (200%). A expansão de seu principalmente na rede pública, que concentrava 10,3% das matrículas em 2014 e atingiu 94,8% em 2020 – acima da meta, de 50%. A previsão é de não cumprir a meta total, já que são criadas 50 mil matrículas ao ano, abaixo das 296 mil necessárias. ampliar a proporção de professores do ensino superior com mestrado e doutorado: a meta foi atingida na rede pública, mas ainda precisa avançar na rede privada. Em 2019, último ano com dados disponíveis, havia 25,7% dos professores das faculdades privadas com doutorado. Na rede pública, era 66%. A perspectiva é de não cumprir o percentual de docentes com doutorado até 2024. aumentar as matrículas na pós-graduação: o objetivo era formar todos os anos 60 mil mestres e 25 mil doutores. A meta para mestres foi batida nos anos de 2017 a 2019, e agora precisa ser mantida até 2024. Sobre a formação de doutores, será preciso elevar de 17,2 mil titulados todos os anos para 25 mil até 2024. capacitar professores da educação básica: a ideia era incentivar que metade dos professores de escolas tivessem pós-graduação em suas áreas de conhecimento até 2024 e oferecer mais formação continuada. Em 2020, o percentual chegou de pós-graduados chegou a 43,4% e deve atingir o objetivo final. A formação continuada vem crescendo 1,4 pontos percentuais ao ano, quando o indicado era de 6,8 pontos percentuais. Em 2020, dos 2,2 milhões de professores que dão aulas em escolas, 1,3 milhão não havia recebido formação continuada. A principal meta não cumprida é: ampliar o investimento público em educação: para 2024, o objetivo era investir 10% do Produto Interno bruto (PIB) em educação pública. Entre 2015 e 2017, os gastos estiveram em torno de 5%. Em 2019, atingiu 7%. Durante a pandemia, o quadro piorou. Houve aceleração na "desvalorização da prática docente", afirma o relatório, "o que distancia ainda mais o cumprimento desta meta." 

Fonte: G1

sábado, 3 de julho de 2021

Palestra On-line: Emoções e a influência na aprendizagem

Inscreva-se para Incrível Palestra On-line: Emoções e a influência na aprendizagem

O evento acontecerá no formato on-line dia 07/07/2021 (quarta-feira) às 19h e 30min, horário de Brasília. 

A palestra será ministrada pela Prof. Profa. Dra. Rita Russo

Link de Inscrição: https://materiais.censupeg.com.br/palestra-07-07-2021-19h30-cadastro-emocoes-e-a-influencia-na-aprendizagem



MEC LANÇA INICIATIVAS PARA APERFEIÇOAR O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

 As duas iniciativas fazem parte do programa Tempo de Aprender, responsável por colocar em prática as ações da Política Nacional de Alfabetização. O Sistema On-Line de Recursos para Alfabetização, SORA, oferece aos professores atividades educativas, recursos pedagógicos adicionais e um banco de itens de avaliação. A Formação Prática para Gestores Educacionais da Alfabetização vai oferecer aperfeiçoamento a diretores vice-diretores e coordenadores pedagógicos. 

Fonte: Rede Nacional de Rádio

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Unicef diz que maioria dos alunos não voltaram às aulas presenciais

 Apenas duas em cada dez famílias brasileiras com crianças e adolescentes afirmam que os estudantes voltaram a ter atividades presenciais nas escolas. Além disso, a cada dez famílias, seis dizem que as escolas ainda não retomaram as atividades em sala de aula. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira na terceira pesquisa sobre o tema realizada pelo Unicef, o Fundo das Nações Unidas para a Infância. Das famílias que residem com crianças e adolescentes que estudam em escolas já reabertas, a metade afirma que ainda não enviou os alunos para a sala de aula. Das famílias que têm crianças ou adolescentes em escolas, sem atividade presencial, 23% afirmam que elas voltarão assim que as escolas reabrirem; e 74% afirmam que elas só voltarão ao presencial quando alguém da família considerar que não há risco de contaminação. Para a representante do Unicef no Brasil, Florence Bauer, o país já passou muito tempo com as escolas fechadas. A pesquisa do Unicef questionou também sobre a renda das famílias. Em maio deste ano, 56% dos brasileiros declararam que o rendimento total da residência diminuiu desde o início da crise sanitária, percentual semelhante ao das pesquisas de novembro e julho de 2020. Contudo, entre quem recebe até um salário mínimo, o total de famílias que afirmam que a renda diminuiu cresceu de 69% para 80% entre novembro do ano passado e maio deste ano. Ainda segundo a pesquisa, 17% dos brasileiros deixaram de comer em algum momento da pandemia por falta de recursos. Isso equivale a 27 milhões de pessoas. A pesquisa do Unicef entrevistou, por telefone, 1.516 pessoas de todas as regiões, entre os dias 10 e 25 de maio. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. 

Fonte: Rádio Agência Nacional

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Aulas presenciais: projeto que torna educação essencial segue sem consenso

 A segunda sessão de debate temático sobre o PL 5.595/2020, projeto de lei que torna a educação um serviço essencial e proíbe a paralisação do ensino durante pandemias, mostrou que o assunto segue longe do consenso. Senadores, representantes de trabalhadores do setor, estudantes e médicos apresentaram nesta sexta-feira (2) visões divergentes sobre o momento mais adequado para a volta às aulas. O debate, que foi realizado de forma remota, foi solicitado pelo senador Flávio Arns (Podemos-PR). Parte dos debatedores considera que o projeto garante que estudantes tenham acesso à educação, direito que estaria sendo violado durante a pandemia. Outros consideram que projeto desconsidera a autonomia de estados e municípios, e impõe que crianças, adolescentes e jovens adultos voltem a circular em um momento em que o país segue com média de cerca de duas mil mortes por covid-19 por dia. Durante a reunião, foram constantes as queixas em relação à falta de uma coordenação nacional pelo Ministério da Educação e também em relação aos cortes sucessivos no orçamento do setor. Para tentar contornar o impasse, o senador Flávio Arns propôs a criação de um grupo de trabalho para coordenar e pensar os protocolos para retorno às aulas. A ideia é que o grupo conte com membros do Congresso, do Ministério da Educação, de estados e municípios, além da participação de professores, estudantes e trabalhadores da educação para estudar um conjunto soluções para a educação durante a pandemia — e também no pós-pandemia. — A gente observa, e foi apontado, uma ausência de articulação, coordenação, orientação de como as coisas devem acontecer; não só como abrir as escolas, mas o que fazer dentro das escolas no período pós-pandemia, qual é a estrutura, qual é o plano, como é que está a conectividade, que orientação que vamos dar, como é que a gente pode, na verdade, recuperar esse tempo. Então a gente [pode] ter, coordenado pelo Senado Federal, por essa comissão, um grupo realmente que pudesse orientar — disse Flávio Arns. Já o senador Esperidião Amin (PP-SC) considera que a abertura das escolas e universidades públicas é urgente. A questão, para ele, é “como abrir”. — O meu manual é: como abrir a escola, não como manter fechada. E eu lamento que esta reunião tenha sido uma reunião presidida pelo princípio de justificar, pelo princípio da cautela, como manter a escola fechada. A senadora Zenaide Maia (Pros-RN), por sua vez, apontou que todos concordam que a educação é um direito fundamental, mas ela enfatizou que é contra a imposição da volta presencial. Para a senadora, o projeto de lei (PL 5.595/2020) é desnecessário. — Educação é um direito social. Não precisa desse projeto de lei. O Senado Federal está preocupado, sim, com as aulas presenciais, para diminuir esse distanciamento entre as escolas públicas e privadas em termos de acessibilidade aos meios tecnológicos pelos alunos. Mas queremos fazer isso sem botar em risco os professores, os trabalhadores e os próprios alunos, principalmente em um país que tem mais de 520 mil óbitos — alertou ela. O senador Marcelo Castro (MDB-PI) avalia que é problemático incluir a educação entre as atividades consideradas essenciais, como é o caso de saúde e segurança. Ele defendeu a substituição do termo "essencial" por “fundamental”, ideia proposta pelo senador Jean Paul Prates (PT-RS). — Esse termo, "atividade essencial", é um termo comprometido na legislação. Há atividades que não podem ser interrompidas sob pena de levar pessoas ao risco de morte, de perda da saúde ou da sua segurança. Educação é uma atividade essencial? É. Mas, se ela não for praticada, as pessoas morrem? Não. Adoecem? Não. Perdem a segurança? Também não — disse. No entanto, a professora Carolina Capuruço, da Universidade de Minas Gerais (UFMG), alega que, além da questão educacional, a escola oferece proteção social e alimentar. — Quanto mais tempo as escolas ficam fechadas, sobretudo nas baixas faixas etárias, mais desnutrição, mais pobreza, menos acesso à saúde, menos acesso à escola, que, todos aqui sabemos, é o primeiro local de detecção de abuso físico, social e mental — argumentou. Andressa Pellanda, coordenadora-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, afirmou que parte da comunidade escolar está com medo da volta presencial e questionou: — Que educação se faz com o medo? Que educação se faz sem condições? Então, do ponto de vista pedagógico também, não é o caso de voltar sem condições sanitárias. Representante da Federação do Sindicato dos Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Proifes), Oswaldo Negrão lembrou que o direito à vida é o principal dentre aqueles garantidos na Constituição. — Acima de tudo, de todos os direitos constitucionais, nós precisamos remeter ao artigo 5º da Constituição, que é o direito à vida. Nós não ministramos aulas para cadáveres. É um fato primordial a garantia fundamental, o direito à vida — assinalou. Autonomia Para Nina Beatriz Ranieri, professora de direito da Universidade de São Paulo (USP), o projeto de lei discutido não desconsidera a autonomia de estados e municípios nem as regras sanitárias. — Uma lei federal que qualifique a educação presencial como atividade essencial não significa autoritarismo, não significa uma imposição para esses entes federados porque seria inconstitucional. As redes decidirão como e quando voltar, de acordo com as suas possibilidades. A visão de Nina Ranieri contrasta com a de Lucas Fernandes, líder de Relações Governamentais do Todos Pela Educação. Ele afirmou que a norma não considera as especificidades das regiões e a situação da pandemia em cada município. — Apesar da intenção dos legisladores parecer positiva, de colocar a educação em primeiro lugar, colocar a educação como essencial, ela erra no momento em que não dialoga com a heterogeneidade brasileira, não dialoga com a autonomia federativa de entender que os estados e municípios estão em lugares muito diferentes desse processo, e que eles não precisam de uma lei dizendo: "Faça" — argumentou Lucas Fernandes. Durante a reunião, alguns dos participantes defenderam que, antes de impor a volta às aulas, o Brasil precisa avançar no controle da transmissão do coronavírus, aumentar a testagem e a vacinação. O relator do PL 5.595/2020 é o senador Marcos do Val (Podemos-ES). 

Fonte: Agência Senado