segunda-feira, 24 de maio de 2021

Em Criciúma, prefeito insiste em alunos na escola e governador despista

 Ocorre que há uma semana, em visita a uma central de merenda escolar em Criciúma, o prefeito Salvaro anunciou a um grupo de estudantes e de servidores da Secretaria de Educação que os pais deverão levar seus filhos para as escolas a partir de 1º de junho. — Lugar de criança é na escola. Escola sem criança não tem graça — apontou, garantindo todas as condições de segurança sanitária para alunos, professores e funcionários. Salvaro aproveita a visita de Moisés para retomar o tema. Nesta sexta, os dois se encontraram em uma emissora de rádio e, em seguida, na Associação Empresarial de Criciúma (Acic). E o prefeito voltou a defender a presença dos alunos em sala de aula com o argumento de que buscará aval para antecipar a vacinação dos professores, prevista pela Secretaria de Saúde do Estado para começar em 31 de maio. Para Moisés, o ensino híbrido funciona Em resposta, o governador reforçou a confiança no modelo de vacinação vigente e no sistema híbrido na rede escolar. — O ensino híbrido, como está, está funcionando — defendeu. — Eu visitei todas as nossas 66 escolas, temos 750 salas de aula, e a grande maioria vazia. Tem salas com dois, três alunos, e a maioria nesse modelo remoto, ou com dificuldades para aprender ou fazendo de conta que estão assistindo as aulas — criticou o prefeito. Mas Moisés não demonstrou qualquer intenção em flexibilizar o modelo de ensino na vigência da pandemia. — A pandemia não está sob controle, temos números preocupantes, com uma nova onda que está chegando aí e deve sobrecarregar de novo os números, temos mais de 20 mil casos ativos. Precisamos sim nos unir para combater essa doença que é da sociedade — salientou Moisés. Ainda sobre educação, Moisés confirmou, em evento na noite desta quinta, o repasse de R$ 4,3 milhões em investimentos para a região. São R$ 3,4 milhões para o Centro de Inovação do Bairro da Juventude e os demais valores serão aplicados em infraestrutura de escolas estaduais, como laboratórios de informática, aparelhos de ar condicionado, mobiliário e kits escolares.

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