quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Mais de 36% de estudantes cotistas já sofreram discriminação na UFRGS Matéria com áudio

Mais de 36% de estudantes cotistas já sofreram discriminação por cor ou etnia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul; a maioria mulheres. O dado é de uma pesquisa do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da universidade, realizada com 295 alunos. A autora da pesquisa, a técnica em assuntos educacionais, Sonia Maria Martins, explica que o objetivo foi levantar a percepção dos estudantes cotistas sobre várias formas de discriminação. Mais da metade já foi discriminada de alguma maneira. 71% dos entrevistados disseram que já foram discriminados por colegas e 49% por professores. A razão mais citada foi ser cotista de escola pública, seguido por ser mulher. Em terceiro lugar, apareceu a questão racial. Segundo a pesquisadora, o tratamento discriminatório contra estudantes pretos, pardos ou indígenas é mais fácil de ser identificado no dia a dia. Muitos alunos disseram não saber onde pedir ajuda em caso de discriminação dentro da universidade. Segundo a pesquisadora Sonia Maria Martins, falta padronização nesse atendimento. Segundo o coordenador de Acompanhamento do Programa de Ações Afirmativas da UFRGS, Edilson Nabarro, as denúncias devem ser feitas pela ouvidoria da universidade. No entanto, para instauração de um Processo Administrativo Disciplinar é necessária a apresentação de provas.

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