Os cinco meses que separaram as duas posses de Daniela Reinehr (sem partido) para mandatos interinos no governo de Santa Catarina dividem também momentos muito diferentes no Estado a ser comandado por ela. Se em outubro do ano passado a governadora em exercício falava que o foco era a retomada econômica e a estabilidade política, agora não há espaço para qualquer outro assunto além da pandemia do coronavírus, no mês em que mais catarinenses morreram por covid-19 até hoje. Por isso, é na saúde que a nova gestão de Daniela terá que se provar. A nossa principal dificuldade hoje é o enfrentamento à pandemia e a busca por vacinas. A boa notícia é que a gente já tem uma maior quantidade de doses, e a expectativa que a produção aumente e a gente alcance mais cidadãos. Mas temos a necessidade de melhorar a nossa estrutura hospitalar para atender a demanda que cresceu de forma assustadora - destacou, clamando por uma “luta pela vida” unindo poderes no Estado. Discurso alinhado contra o lockdown Tanto Daniela Reinehr quanto a nova secretária de Saúde, Carmen Zanotto, defenderam nos últimos dias o isolamento social e outras medidas básicas para prevenção contra o coronavírus. No entanto, alinharam o discurso e evitaram comprar a briga da qual Moisés e o ex-chefe da pasta, André Motta Ribeiro, também escaparam: o lockdown recomendado por especialistas em saúde e órgãos de controle como o Ministério Público. Daniela deixou em aberto a possibilidade de novas alterações, mas elogiou alguns secretários que ela deseja que permaneçam no cargo, como o deputado estadual Luiz Fernando Vampiro na Educação e Paulo Eli na Fazenda.
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