Bolsonaro
afirma que educação inclusiva “nivela por baixo”
Fonte: https://www.google.com/amp/s/brasil.estadao.com.br/blogs/vencer-limites/bolsonaro-afirma-que-educacao-inclusiva-nivela-por-baixo/%3famp
A declaração foi uma resposta a uma mulher, que se apresentou como
professora e reclamou da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender
o Decreto Federal nº 10.502, de 30 de setembro de 2020, que criava a Política
Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo
da Vida.
“O que acontece na sala de aula: você tem um garoto muito bom, você pode
colocar na sala com melhores. Você tem um garoto muito atrasado, você faz a
mesma coisa. O pessoal acha que juntando tudo, vai dar certo. Não vai dar
certo. A tendência é todo mundo ir na esteira daquele com menor inteligência.
Nivela por baixo. É esse o espírito que existe no Brasil”, disse Bolsonaro
“É muito simplista pensar que, por causa da deficiência, o aluno não
aprende”, diz Carolina Videira, fundadora da Turma do Jiló, associação que
implementa programas de educação inclusiva em escolas públicas. “O problema não
é de aprendizagem, mas de ensinagem. Precisamos valorizar, dar melhor formação
e ferramentas ao professor para ele garantir que nenhum aluno fique para trás”,
defende a especialista.
Um estudo conduzido ao longo de três anos pelo Centro de Ensino,
Pesquisa e Inovação (CEPI) do Instituto Jô Clemente (IJC) comprovou que alunos
com deficiência intelectual têm desenvolvimento superior, ganhando mais
independência e autonomia, quando estudam em escolas regulares, na comparação
com aqueles que frequentam exclusivamente as escolas especiais.
A pesquisa acompanhou 109 alunos com deficiência intelectual. Desse
grupo, 62 foram para a escola regular e 47 para escolas especiais. Por meio de
avaliações e entrevistas com professores, foram observados o desenvolvimento
cognitivo, a comunicação, a sociabilidade e outros critérios.
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